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Quem não fala direito não escreve direito
Mito
Vejamos alguns exemplos bem simples:
• Falamos mininu (e isso é aceitável na oralidade) e rapidamente as crianças aprendem que a escrita dessa palavra é menino. O mesmo vale para variantes regionais da pronúncia de uma mesma palavra. Falamos mermu e mesmu, mas a escrita é sempre mesmo.
• Falamos azazazazuis e escrevemos as asas azuis. Quantos já não pensaram que o amor que tu me tinhas, na canção de roda Ciranda cirandinha, era de um belo jovem chamado Tumi – o amor que Tumi tinha era pouco e se acabou?
Por que é importante derrubar esse mito? Porque comumente vemos pais e educadores preocupados com o jeito de falar de suas crianças, com a certeza de que trocas de sons, omissões de palavras ou parte delas, necessariamente, comprometerão a alfabetização. De fato, no início desse processo, as crianças costumam se apoiar em suas falas para escrever. Mas, em seu decorrer, logo vão se dando conta de que a escrita tem suas características e que dominá-las depende muito da memória visual. Portanto, atenção: é mito pensar que quem não fala direito não escreve direito!!
Vale a dica: o próprio processo de alfabetização, muitas vezes, ajuda na superação de dificuldades de fala.
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