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10/06/2010 Lucia Masini Criança leitora de jornal
Como aproximar crianças pequenas da prática da leitura de textos em gêneros que circulam em jornais, tais como notícias e reportagens?
A Folhinha, suplemento infantil da Folha de S.Paulo, encontrou um meio simples e divertido: aliou a brincadeira aos primeiros movimentos do jovem leitor em direção ao domínio de determinadas capacidades leitoras.
A coluna "Decifre a notícia" procura informar seus leitores, sempre dentro de temas de interesse do universo infantil, apresentando textos que precisam ser completados pelo leitor, seja por letras que faltam no título, lembrando o famoso jogo da forca, seja por palavras que substituam as figuras espalhadas ao longo do texto. Assim, auxilia a criança a aprimorar suas capacidades de decodificação e de compreensão, uma vez que instiga o leitor a reconhecer quais letras faltam para completar uma palavra, a ativar seu conhecimento prévio de mundo e a desenvolver sua capacidade de inferência e predição de conteúdo.
Certamente não é isso que garante o domínio desses gêneros, mas pode tornar os momentos iniciais da aprendizagem da leitura mais tranquilos e prazerosos. E melhor ainda se a leitura for compartilhada, por pais, professores ou leitores mais experientes. Transforma-se numa situação potencialmente bem sucedida para a criança, o que é fundamental para que ela se torne um leitor maduro com segurança suficiente para lidar com leituras e escritas inéditas e desafiadoras.
O que é bem importante de se observar, e merece destaque, é que a Folhinha não se exime de escrever um texto com as informações necessárias só porque o dirige para o público infantil. Ainda que simples, a notícia é consistente e cumpre seu papel de informar, ampliando assim o repertório de mundo da criança e contribuindo para a formação de um leitor com autonomia.
A Folhinha circula aos sábados, um bom dia para os pais dedicarem-se a uma prática letrada com seus filhos, banhada de diversão e afeto.
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